Esperamos no Ano de 2011
Que este ano seja abençoado. Boas Festas a todos.. Saúde e paz.
O moderador….
de – MARIA IVONE CORRÊA DIAS (Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás)
poema UMA ESTRANHA MULHER
Eu sei que ela existe,
(embora eu nunca a veja…)
mulher estranha de mãos imensas,
semeando esmolas, misteriosamente,
cercada de respeito, de lendas e de temor
as mãos dessa mulher tem forma de amor
mãos que ninam os berços da orfandade,
mãos que põem luz na noite da viuvez,
mãos que cortam o erro, como espadas
mãos que abençoam, que denunciam crime
e que trazem, no gesto que redime,
toda a unção das próprias mãos de Deus.
Essa mulher tem a graça das Acácias,
a ternura que consola a dor alheia,
o bem que ela faz gravando só na areia,
vem a onda e o leva ao seio do grande Artista
que vela sobre o triste, o fraco e o oprimido.
Essa mulher, se escuta algum gemido,
se pressente a dor, a injustiça, a queda,
como o vento desloca-se flecha ousada e firme
na pressa de salvar, servir e se esconder.
Ela está de pé às portas da miséria…
Junto ao incapaz, ela é o braço potente,
amparo ela o é ao lado do indigente
arrimo da velhice, luz da juventude,
e ante a própria morte, aos pés do ataúde,
essa mulher é esteio, é força e segurança.
Seus braços, quais colunas talhadas na rocha,
já sacudiram tronos, muralhas e cidadelas,
já libertaram escravos e enriqueceram os pobres,
já ergueram nações sobre cinzas de impérios…
Ela já viu morrer os filhos em prol da liberdade,
e, embora chorando sobre seus tristes restos,
seu braço ergueu, em sagrado protesto,
a bandeira santa do amor universal.
De sua mesa farta, tal como em família,
reparte ela o pão da graça feminina,
sem humilhar aquele a quem sobrou pobreza,
e sua mão direita, segundo o evangelho,
jamais presenciou o que a esquerda fez.
A ordem do Senhor: “Amai-vos uns aos outros”
à frente do seu Templo essa mulher gravou,
e como irmãos se tratam milhões de filhos seus,
homens predestinados, cidadãos benditos
que não se envergonham – oh não – de crer em Deus.
Essa mulher estranha, sem jóias e sem fraqueza
essa mulher estranha, temida e venerada,
mil vezes perseguida, vencendo com galhardia,
é cidadã do mundo, é a MAÇONARIA.
Nossa Augusta Ordem é uma instituição em que o filosofar é tarefa que requer todo o nosso interesse e reclama todo o nosso esforço. Em cada um de nossos símbolos, em cada página de nossos Rituais e em cada etapa da História Maçônica, temos sempre algum vestígio ou princípio de caráter filosófico. Não se pode ser maçom autêntico sem adentrar ao estudo filosofia, especialmente no Grau de Companheiro.
Perguntaram, certa vez, a um filósofo: “ Para que filosofia?” E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”. A primeira resposta à perguntas “ O que é filosofia? “ pode ser, pois, a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido. Em outras palavras, distinguir o real do aparente.
A filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum, e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber. Por isso Sócrates, o patrono da Filosofia, afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”.
Klebber S Nascimento
Não se admitem discussões religioso-filosóficas partidárias em nossas lojas.
Assim evidentemente também não as podemos ter a respeito de misticismo ou esoterismo, que são sistemas de pensamento ou concepções doutrinárias individualizadas de ideários, ainda que não se tratem de religiões organizadas. Sendo por definição, tanto um com outro, acessíveis a poucos homens escolhidos, contrariam também o princípio maçônico de que todos os homens livres e de bons costumes têm acesso à Ordem. Não se pode deixar de frisar, contudo, que os místicos e os esotéricos são os que melhor compreendem o Grande Ideário Maçônico.
A Maçonaria tem um caráter universalista e, portanto a filosofia e os princípios de seu Ideário devem poder ser aceitos indistintamente por todos os que a procuram, quaisquer que sejam as suas crenças e posições filosóficas, o grau de cultura ou o quociente intelectual, desde que não queiram usar as lojas como ocasião para fazer proselitismo ou promover debates em torno de seus princípios doutrinários.