A origem de tudo

A origem de tudo 

A terra, no princípio, estava sem forma: antes de Deus
usar seu eterno poder para organizar, tudo estava em caos (Gênesis 1:2).
 
 
A criação
Os céus e a terra foram criados por Deus “no princípio” (Gênesis 1:1). Sendo este o caso, então o que existia antes do princípio? A única resposta é: Deus! O Criador, necessariamente, deve existir antes de sua criação. Deus é um ser eterno: ele existia já antes do princípio, e existirá depois de toda a criação ser desfeita (veja Isaías 41:4; 44:6; 2 Pedro 3:9-12).
 
Temos que o ato livre da criação proveniente de Deus, emana através da Palavra divina – “o verbo” significa que o universo não é uma emanação ou uma parte do ser divino! Excluindo assim todas as formas de panteísmo. (Cito: Salmo 33:6, 9; João 1:1, 3) [observo que Panteísmo é a crença de que Deus é tudo e todo mundo e que todo mundo e tudo é Deus].

Embora a criação não seja parte do ser – Deus. Toda a criação é totalmente dependente de Deus para sua existência, pois Ele cria e sustenta tudo o que é pelo poder do seu próprio ser.

Já afirmei em escrito anterior, o let there be. Afirmando que a vontade de Deus é irresistível. É realizada por imperativo divino. A vontade de Deus foi seguida por um resultado imediato, não havendo qualquer caos ou espaço entre a sua vontade e a criação.

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Trabalho sempre com a ideia de que Deus existe! Para saber de que forma esta existência nos é demonstrada, na seara do discurso de causa e efeito, que não vou esposar. Neste sentido, para que algo seja demonstrável, este algo precisa ser primeiramente definido.

Mas, sabemos que é humanamente possível fazer demonstração de algo sem ter a definição deste algo, então, como é demonstrar algo sem falar de sua essência, que lhe é anterior a demonstração?

Bem, cá para nós, sabemos no nosso íntimo, que Deus é um ser incompreensível e por conseguinte, indefinível. Portanto, se Deus é indefinível, incompreensível, também seria ele indemonstrável ou algo do gênero? Fui buscar em Tomás de Aquino as respostas, para quem, nesse contexto, a palavra “demonstração” não tem o sentido de um teorema matemático, mas o de uma indicação de caminhada. (Até mesmo, esta definição de caminhada, mereceria muita tinta e muita pauta, mas deixo dito).

Mas, temos que verificar no âmbito das objeções –  que como se sabe fazem parte do método da busca – quando se quer demonstrar a existência de algo por seus efeitos é necessário fazer uma ligação entre ambos. Tomamos de exemplo, um pai e um filho, demonstra-se que o primeiro existe e gerou o segundo, que também existe etc.

Assim, como no exemplo, eles estão no mesmo gênero e é possível fazer o enlace, ou seja estamos olhando o paradigma de frente. No caso de Deus, porém, a relação causa-efeito é problemática, filósofos, teólogos e estudiosos jogam palavras e conclusões a respeito. Voltemos, o tratamento (Deus, criação) são de ordens diferentes: um é finito e o outro infinito. Faltaria a devida proporção, a ligação entre o finito como efeito, para com o infinito como causa (que transcende o primeiro). Acho que complicou a coisa. Mas andemos…

Em resumo, “é verdade que não necessitamos conhecer Deus na sua essência, para sabermos que sua existência é demonstrável. Assim como sabemos do sol por meio de seus efeitos, sua luz e calor; também Deus é demonstrável pelos efeitos que Ele causa”.

Deus é o princípio de tudo. E, talvez S. João Damasceno estivesse correto, quanto a afirmação da não demonstração de Deus, caso não houvesse criação. Só que a partir do momento em que Deus criou algo, este mesmo Deus começou a ser demonstrável.

Filosoficamente, olhando à objeção colocada e fundamentada no fato de ser contraditório dar atributos a Deus, que é infinito, a partir das criaturas, finitas. Convém lembrar que estes atributos dizem respeito aos efeitos: afirma-se que elas têm sua origem em Deus, e não se afirma que elas são Deus. Não é dado nenhum atributo finito ao ser infinito, apenas é afirmado que o finito teve sua origem primeira no ser infinito.

No mesmo sentido, lemos que “Deus disse”. Esta afirmação, que ocorre de forma repetida, principalmente no parentético, significa: vontade, decreto, estabelecimento, realização, nomeação e determinação da vontade de Deus, que foi seguido em todos os casos por um resultado imediato.

Temos que, se o acaso, a afirmação de que o sol fora criado ao mesmo tempo, com ou ao longo dos tempos, a terra, o acúmulo denso de brumas e vapores que envolviam o caos tinha coberto o globo com uma melancolia. Mas o mandamento de Deus, a luz foi tornado visível, as nuvens escuras foram dispersados, quebrado ou rarefeito, e luz difusa sobre a vastidão das águas. O efeito é descrito no nome do “dia”, que em hebraico significa “calor”, enquanto o nome de “noite” significa a “enrolar“, como a noite envolve todas as coisas um manto sombrio.

Que Deus dividiu-os entre si, distinguindo nomes. Ele chamou à luz Dia e às trevas chamou Noite – Deu-lhes nomes como Senhor de ambos. Ele é o Senhor do tempo, e assim será até o dia e a noite deve chegar a um fim, e o fluxo do tempo ser engolido no oceano da eternidade.

Enfim chegamos a luz! Pelo menos estamos menos obscuros espero.

Que este foi o trabalho primeiros dias, a tarde e a manhã foram o primeiro dia- A escuridão da noite foi antes da luz da manhã, que pode defini-lo, e fazê-la brilhar o mais brilhante.

Aqui pontuo quão importante são os primeiros dias.

E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos, mas isso é assunto para a próxima dissertação.

Reflitamos!

T.•.F.•.A.•.
Ivair Ximenes Lopes
MS MAÇOM, Naviraí MS, 27 de agosto de 2011.

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