Os Samaritanos

Os Samaritanos
Samaria, capital do Reino do Norte, Israel, estava localizada sobre uma colina de 91 metros de altura, a 67 quilômetros ao norte de Jerusalém. Situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, a oriente da planície de Sarom, no alto de um monte alongado e íngreme, a noroeste de Siquém, próximo da entrada da Planície de Sarona e da entrada do Vale de Jezrael em direção a Fenícia. Os reis empreenderam muitas obras na cidade para a tornarem forte, bela e rica

Os Samaritanos são um pequeno grupo étnico-religioso aparentado aos judeus que habita nas cidades de Holon e Nablus situadas em Israel e na Cisjordânia respectivamente. Designam-se a si próprios como Shamerim o que significa “os observantes” (da Lei); desde há alguns anos os Samaritanos tem vindo igualmente a usar o termo “israelita-samaritanos”. Em hebraico moderno, os Samaritanos são designados de שומרונים , os de Shomron, ou seja, os da Samaria.

A religião dos Samaritanos baseia-se no Pentateuco, tal como o judaísmo. Contudo, ao contrário deste, o samaritanismo rejeita a importância religiosa de Jerusalém.

Teve sua origem, depois da morte de Salomão, em cerca de 930 a.C., dez tribos do norte separaram-se e formaram o reino de Israel, também conhecido como reino da Samaria, devido ao nome da cidade que se tornou a sua capital no século IX a.C. Este reino tornou-se vizinho e por vezes rival do reino do Sul, o reino de Judá.

Em 722 a.C. a saber o rei Salmaneser, os Assírios conquistaram o reino de Israel, que transformaram numa província do seu império.

Estimulou-se o casamento misto, entre judeus e estrangeiros, trazendos elementos pagãos para a religião hebraica.

Era a classe mais odiada pelos judeus. Sargão, rei da Assíria, levou cativos os judeus do norte e, para Samaria, levou povo estrangeiro. Esse povo era idólatra. Nos tempos de Jesus aumentou o conflito, tendo-se em vista a construção de um templo rival no Monte Gerizim.

De tal maneira se acentuaram as rivalidades entre eles que os judeus consideravam os samaritanos como cães.

As origens dos Samaritanos

Há duas visões, bastante contraditórias sobre as origens dos Samaritanos. O ponto de visita Judaica é que os Samaritanos foram os descendentes de colonizadores que Salmaneser, rei da Assíria, teria trazido de Cuta, Hamate e Babilônia depois que conquistou a Samaria em 722 a.C. e levou a população local ao cativeiro (2 Reis 17). Qualquer conhecimento da religião Judaica que eles tinham teria sido superficial e misturado com paganismo. Foi por esse motivo que os Samaritanos teriam tentado impedir os esforços de Esdras e Neemias para reconstruir Jerusalém e re-estabelecer o santuário lá (veja Esdras 4:2ss; Ne 2:19; 4:2ss).

De acordo com os Samaritanos a versão Judaica não passa de uma terrível enganação. Segundo eles, a deportação em 722 não foi nem total nem permanente. Segundo eles, os deportados voltaram depois de cinqüenta e cinco anos. Na versão dos Samaritanos o conflito com os Judeus remonta para a época de Eli, que, por conta própria, teria estabelecido um santuário em Siló, enquanto o verdadeiro “lugar escolhido” prescrito na lei de Moisés seria no Monte Gerizim. Este erro foi mais tarde reforçado por Esdras que deturpou o texto sagrado e assim seduziu o povo no retorno da Babilônia para construírem o templo sagrado no capital da Judéia.

De acordo com alguns indícios históricos, após a queda da Samaria em 722, a população local foi deportada em parte, mas, uma parte permaneceu. Foram introduzidos colonizadores estranhos que se misturaram com a população que permaneceu. Houve uma mistura entre o remanescente de Israelitas e os colonizadores estrangeiros. Por motivos tendenciosos, a versão judaica ignora o primeiro grupo e os Samaritanos o segundo. (Gaster, T.H. artigo “Samaritans” em George A. Buttrick, The Interpreter’s Dictionary of the Bible, New York: Abingdon Press, 1962. Vol 4, pp. 191-2.)

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MS Maçom by Ivar Ximenes Lopes

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4 thoughts on “Os Samaritanos

  1. Negando-se, os samaritanos, a contribuir com o tributo imposto por Zorobabel para as despesas de reconstrução, ele enviou uma embaixada composta de cinco cavaleiros à Babilônia, com a finalidade de obter a justiça do rei Dario, que sucedera a Ciro; os samaritanos atacaram os embaixadores, mas foram derrotados. Diante disso, Dario publicou um édito, segundo o qual os samaritanos foram obrigados a pagar o tributo, sob pena de castigos físicos e de confisco de seus bens.
    Em seu retorno, os cavaleiros foram recebidos pelo povo de Jerusalém, o qual os acompanhou ao templo, com júbilo e entoando cânticos de regozijo. Chegados ao Templo, deram conta de sua missão a Zorobabel que, então, constituiu “Príncipes de Jerusalém” e os revestiu com tecidos guarnecidos de ouro e com um cordão da cor da aurora, além de uma medalha sobre a qual estavam gravadas uma balança, uma espada, cinco estrelas e as letras D e Z.
    No Livro de Esdras, nos Cap. 5 e 6, há uma descrição do trabalho executado, das lutas e das vitórias de Zorobabel.
    🙂

  2. Tenho lido muito sobre a historia dos samaritanos na Bíblia, mas eu gostaria de saber a respeito desse povo nos dias de hoje; se ainda existe como os judeus, onde encontram-se, literaturas a respeito.
    Um abraço.

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