Tales da cidade de Mileto

Tales da cidade de Mileto (624-548 a.C.)

Primeiro filósofo Milesiano. Tales foi comerciante de sal, azeite e oliva e enriqueceu como proprietário de prensas de azeitona durante uma safra promissora. Sabe-se que Tales previu um eclipse ocorrido em 585 a.C. De suas idéias quase nada é conhecido. Aristóteles o chama de fundador da filosofia, e lembra que a sua doutrina baseia-se na água como o elemento primordial de todas as coisas (physis, fonte originária, gênese), e que para suportar as transformações e permanecer inalterada, a água deveria ser um elemento eterno.

Tales de Mileto

Atribui-se a Tales a afirmação de que “todas as coisas estão cheias de deuses”, o que talvez pode ser associado à idéia de que o imã tem vida, porque move o ferro. Essa afirmação representa não um retorno a concepções míticas, mas simplesmente a idéia de que o universo é dotado de animação, de que a matéria é viva (hilozoísmo).

Além disso, elaborou uma teoria para explicar as inundações do Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos problemas geométricos (exemplo: teorema de Pitágoras). Tales viajou por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta, calculou a altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua própria altura e o comprimento de sua sombra: essa proporção é a mesma que existe entre a altura da pirâmide e o comprimento da sombra desta. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje se conhece como teorema de Tales.

Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, chamado arqué. Para Tales, o arqué seria a água. Tales observou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu que o princípio de tudo era a água. Com essa afirmação deduz-se que a existência singular não possui autonomia alguma, apenas algo acidental, uma modificação. A existência singular é passageira, modifica-se. A água é um momento no todo em geral, um elemento. Tales com essa afirmação queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas. Algo que fosse o princípio unificador de todos os seres.

Principais fragmentos:

• “… a água é o princípio de todas as coisas…”.

• “… todas as coisas estão cheias de deuses…”.

• “… a pedra magnética possui um poder porque move o ferro…”

Pouco sabemos sobre a vida e obra de Tales. Supõe-se que começou     sua vida como mercador, tornando-se rico o suficiente para dedicar a parte     final de sua vida ao estudo e a realização de algumas viagens.     Supõe-se que viveu algum tempo no Egito onde provavelmente aprendeu     geometria e na Babilônia onde entrou em contato com tabelas e instrumentos     astronômicos.

Faz parte do seu mito o fato de ter previsto o eclipse solar de 585 a.C.,     embora muitos historiadores da ciência duvidem que os meios existentes     na época permitissem tal proeza. Atribui-se a Tales o cálculo     da altura das pirâmides, bem como o cálculo da distância     até navios no mar, por triangulação.

Tales foi o primeiro personagem conhecido a quem associam-se descobertas     matemáticas. Acredita-se que obteve seus resultados mediante alguns     raciocínios lógicos e não apenas por intuição     ou experimentação. Os fatos geométricos cuja descoberta     é atribuída a Tales são:

A demonstração de que os ângulos da base de dois triângulos     isósceles são iguais;

A demonstração do seguinte teorema: se dois triângulos     tem dois ângulos e um lado respectivamente iguais, então são     iguais;

A demonstração de que todo diâmetro divide um círculo     em duas partes iguais;

A demonstração de que ao unir-se qualquer ponto de uma circunferência     aos extremos de um diâmetro AB obtém-se um triângulo retângulo     em C. Provavelmente, para demonstrar este teorema, Tales usou também     o fato de que a soma dos ângulos de um triângulo é igual     a dois retos;

Tales chamou a atenção de seus conterrâneos para o fato     de que se duas retas se cortam, então os ângulos opostos pelo     vértice são iguais.

Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, um dos Sete Sábios da Grécia Antiga, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém o Sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão.

1 – Qual é a coisa mais antiga? – Deus, porque sempre tem existido. 2 – Qual é a coisa mais formosa? – O Universo, porque é obra de Deus. 3 – Qual é a maior de todas as coisas? – O Espaço, porque contém todo o Criador. 4 – Qual é a coisa mais constante? – A esperança, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais. 5 – Qual é a melhor de todas as coisas? – A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom. 6 – Qual é a mais rápida de todas as coisas? – O Pensamento, porque em menos de um minuto pode voar até o final do Universo. 7 – Qual é a mais forte de todas as coisas? – A Necessidade, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida. 8 – Qual é a mais fácil de todas as coisas? – Dar conselhos. Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo.

 Deu uma resposta que, estou seguro, não foi jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas terá um sentido superficial.

A pergunta foi esta: 9 – Qual é a mais difícil de todas as coisas? E o Sábio de Mileto replicou: – Conhecer a si mesmo.

Queridos, a maior necessidade das pessoas em geral é não saber muito sobre si, pois é bem fácil apontar os erros dos outros, difícil é reconhecer o seu e corrigi-los. Temos que descobrir essas coisas primeiramente para que possamos ser felizes, pois precisamos conhecer quais são nossa vontades, desejos e só então buscar o que nos faz feliz.

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pesquisa by Ximenes

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