Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix
Liberdade Guiando o Povo é um dos mais famosos símbolos de insurreição na história da arte. Por isso, a obra do pintor francês Eugène Delacroix não poderia ficar fora da iniciativa Um pouco de Arte para sua Vida.
O tema de Liberdade Guiando o Povo é o levante de julho de 1830, na França, que causou a substituição do rei Bourbon Carlos X por Luís Felipe, duque de Orléans. Delacroix retrata um movimento crucial da revolta: o rompimento das barricadas pelos rebeldes. O povo lutava por ideais nacionalistas e republicanos.
A dramaticidade da obra é ampliada pela estrutura piramidal da pintura e pelo vermelho, branco e azul do tricolor da Liberdade no “pico” da pirâmide. Delacroix uma vez afirmou: “e se não lutei pelo meu país, pelos menos terei pintado por ele.” Mesmo assim, Delacroix parece ter se representado no quadro, à esquerda de cartola.
Observam-se estudantes, arruaceiros, soldados e operários no quadro; assim como uma distante vista à direita da Notre-Dame parisiense. A pintura é uma é uma corajosa versão moderna dos ideais clássicos (Liberdade, a mulher no topo da tela, tem os clássicos pelos nas axilas) e, por isso, chocou alguns observadores contemporâneos.
4 detalhes de Liberdade Guiando o Povo se destacam:
1 – Bandeira
Ao colocar o vermelho sobre uma mancha de céu azul, Delacroix destacou seu tom vibrante. As cores da bandeira se repetem na roupa do trabalhador aos pés de Liberdade.
2 – Expressividade do Céu
A forma como Delacroix captou o céu mostra o caos da guerra urbana. Esta técnica do pintor francês combina a expressividade do romantismo com a estrita atenção ao detalhe do realismo, transmitindo emoção e permanecendo fiel ao tempo e lugar históricos.
3 – Pé de Liberdade
O pé de Liberdade se encontra sobre a barricada, o que sintetiza um momento grandioso da batalha.
4 – Sombras
As áreas sombreadas da pintura mostram como Delacroix dominava a técnica do chiaroscuro. Os fortes contrastes de sombra e luz, combinados com cores ousadas, acrescentam dramaticidade à Liberdade Guiando o Povo.
Ficha Técnica – A Liberdade Guiando o Povo
Autor: Eugène Delacroix Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França Ano: 1830 Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 2,60m x 3,25m Movimento: Romantismo
Ferdinand Victor Eugène Delacroix é considerado o mais importante representante doromantismo francês.
Delacroix nasceu numa família da alta burguesia, e seu pai chegou a ser ministro da república.
Frequentou os melhores colégios de Paris, teve aulas de música no Conservatório e de pintura na Escola de Belas-Artes.
Visitava quase todos os dias o Louvre, para estudar as obras de Rafael e Rubens.
Delacroix também se interessou por temas políticos da sua época. Sentindo-se culpado por participado nos acontecimentos do país, pintou A Liberdade Guiando o Povo (1830), um quadro banido na época mas que mais tarde o estado adquiriu e que foi exibido poucas vezes O certo é que a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um grande numero de admiradores de arte e nao só.
Delacroix foi contratado para decorar o palácio do rei em Paris, o Palácio de Luxemburgo e a biblioteca de Saint-Sulpice. Nos seus últimos anos preferiu a solidão de seu atelier.
Técnicamente Robespierre incorporou várias seguestoes e idéias. A Constituição deve diminuir o poder dos governos em benefício da liberdade e felicidade dos povos como na enunciação da Declaração dos Direitos: “ A lei só pode proibir aquilo que prejudica a sociedade: só pode ordenar aquilo que lhe é útil”. Para ele, o mau da sociedade não vem do povo, e sim do governo, pois o interesse do povo é o bem publico e o interesse do homem que possui poder, ou seja, o governo, é um interesse privado e que gera conseuqencias como o despotismo e a corrupção, etc…
A liberdade é filha da fraternidade e da igualdade; falamos da liberdade legal e não da liberdade natural que é, por direito, imprescritível para toda criatura humana, desde o selvagem ao homem civilizado.
Vivendo os homens como irmãos, com os direitos iguais, animados de um sentimento de benevolência recíproco, praticarão entre si a justiça, não procurarão nunca se fazerem mal, e não terão, conseqüentemente, nada a temer uns dos outros. A liberdade será sem perigo, porque ninguém pensará em dela abusar em prejuízo de seus semelhantes.
Mas como o egoísmo que quer tudo para si, o orgulho que quer sempre dominar, dariam a mão à liberdade que os destronaria? Os inimigos da liberdade são, pois, ao mesmo tempo, o egoísmo e o orgulho, como o são da igualdade e da fraternidade.
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